terça-feira, 29 de setembro de 2009

A IMPORTÂNCIA DA MÍDIA REGIONAL





Como diria Bazi, em uma pesquisa: “Televisão Regional é aquela que retransmite seu sinal a uma determinada região e que tenha sua programação voltada para ela mesma”. (BAZI, 2001, p. 16). Pois é, esse fato torna-se possível a partir do momento em que existe essa tal iniciativa que haver um sinal local, onde a programação é voltada diretamente para o telespectador regional, explorando os fatos e notícias de interesse daquele determinado púbico alvo.

A mídia Regional se torna literalmente Regional, a partir do momento em que assume a inserção de produções e notícias no sentido de identidade cultural, tanto no interesse de mercado. Tanto que os empresários têm demonstrado bastante interesse neste meio, investindo em recursos e em tecnologias, já que é notório o poder da mídia sobre a propaganda e o consumidor, tornado-os mais próximos e trazendo benefícios para ambas as partes.

A diferença entre uma TV Regional e uma Nacional é bastante perceptível, no que diz respeito à “manipulação” para com os telespectadores. A Regional trabalha de forma que agrade o público, trazendo assuntos de seu interesse, explorando a região da qual o sinal é transmitido. A de nível Nacional, procura adquirir mais benefícios próprios, manipulando de certa forma seu público, já que a mídia tem sim esse poder.

É extremamente importante a existência da mídia Regional, já que abrange na maior parte tudo o que uma região precisa para ficar bem informada com qualidade adquirida.

Por: Neli Zaidan e Wagnner Sales

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A realidade diante da Pratica do Jornalismo para o Cidadão




No final da ditadura militar a mídia pôde se expor tendo “livre arbítrio” para divulgar as notícias diante das relações no convívio social, se tornando relevante diante da sociedade através da pratica da cidadania, mostrando e de alguma forma reivindicando o que é de direito ao cidadão.

No ano 1988 foi criada a “Constituição Cidadã” batizada assim pelo presidente na época, da constituinte, o deputado Ulysses Guimarães. No qual o cidadão teria direito e liberdade de expressão, representado pela mídia que seria a forma de veicular as notícias de interesse público.

Mesmo com as mudanças ocorridas após o período da ditadura, alguns acreditam que essas tais “liberdades de expressão” conquistadas, estão maquiadas diante as normas que as empresas e os políticos do país ditam. Vejamos esses exemplos quando o cidadão é privado de saber o que lhes é de direito; Quando observamos que não é levado para as escolas matérias que ensinem as pessoas a conhecer a pratica da política, porque o país quer ter um cidadão leigo, sendo assim mais fácil de convertê-lo ou leva-lo a um rápido convencimento.

Se a imprensa é um veículo que leva informações para os indivíduos e se é livre para mostra-lhes seus direitos, porque não fazê-los?
Diante dessas expressões podemos perguntar também, se existe o jornalismo cidadão no Brasil. Sabe-se que os veículos de comunicação sobrevivem de comerciais para permanecer no ar e diante disso, são deixadas de lado as pautas mais importantes para a sociedade, para dar lugar aquelas que realmente trazem o lucro. Essas e outras são algumas das dificuldades que existem para que a sociedade junto à mídia exponha sua realidade.

O que seria o jornalismo cidadão?
Seria o próprio cidadão expondo nos veículos de comunicação a realidade de sua comunidade?
Ou a própria mídia divulgando esses fatos para a sociedade, como um serviço social?
Ambos são importantes, pelo fato de haver espaço para mostrar como as classes sociais são diferentes, como as dificuldades ainda existem diante delas,etc.




Por: Helder dos Anjos, Simone Selva e Thiago Lagos

O direito do cidadão ao conhecimento público


O primeiro ponto que devemos considerar é o jogo político que se desenrolou por trás da decisão de extinguir a obrigatoriedade do diploma no exercício da profissão de jornalista. A juíza Carla Rister (que suspendeu a obrigatoriedade do diploma), estava exercendo um cargo interino e se aproveitou do momento para sair do anonimato diretamente para o centro de uma grande polêmica na imprensa nacional.
Do lado de quem defende o diploma, o primeiro ponto abordado é que jornalismo denota um trabalho complexo e para tal, as técnicas aprendidas na academia são indispensáveis.
Em segundo lugar está a confusão que tem sido feito entre liberdade de expressão e liberdade de informação. Nossa constituição garante a todos o direito de expressar suas opiniões livremente, e os meios modernos de comunicação como a internet, telefone móveis, e etc., são canais que possibilitam a massificação de informações, não só permitindo que as pessoas possam receber informações facilmente, como também que estejam envolvidas nos processos de produção e distribuição em suas comunidades, e através da rede até disseminá-las por culturas diferentes.
Mas um bom nível de jornalismo que imprime maior credibilidade pressupõe técnicas e noções de ética que são estudados exaustivamente durante os quatro anos de curso, e não deveriam ser subestimados. Afinal, esse modelo tem sido usado e dado certo há mais de 50 anos, então, porque deveria mudar justo agora?
A implantação de um novo modelo traz um incontável número de desvantagens para os profissionais, bem como para a sociedade, que irá perder o padrão de qualidade que vinha sendo exigido. Mesmo que o diploma não seja garantia de formação de um bom profissional com ética e responsabilidade social, pelo menos já é meio caminho andado. O fato de deixar a critério do mercado a seleção dos seus empregados, só contribui para aumentar a incidência de práticas anti-éticas e desvaloriza a profissão ao jogar por água a baixo a legislação que regulamentava nosso trabalho.


Meyves Rodrigues

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Análise do site Observatório da Mídia Regional

A imprensa regional tem muitas atribuições. O jornalismo está em todos os veículos de comunicação e quem trabalha na área busca sempre informar o público-alvo sobre os fatos gerais, vistos em todos os jornais (impressos, televisivos, radiofônicos e online). O site Observatório da Mídia Regional veicula uma vertente específica do jornalismo que é voltada para os jornalistas, fazendo relatórios e informando sobre como a imprensa se porta na região Nordeste do Brasil.

O site foi criado por estudantes da Universidade Federal de Pernambuco em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e fez parte da linha de pesquisa Comunicação e Processos Sociais do Programa de Pós-graduação em Comunicação da UFPE, em 2007.
Ao analisar o site, nota-se que foi feito no intuito de divulgar os bastidores dos fatos, ou seja, o jornalismo regional, mostrando como são feitas as coberturas e quais as ações atuais dos veículos de comunicação da região.

O projeto tem ainda como objetivos, criar e fortalecer um novo espaço de diálogo e difusão de conhecimento sobre os sistemas, as políticas de comunicações e a produção midiática e os direitos humanos entre a UFPE, a sociedade civil organizada (ONGs, movimentos sociais, conselhos de direitos humanos, associações de profissionais e de empresas do setor da radiodifusão), bem como com o setor público, Ainda é possível, com o projeto, fomentar ações de leitura crítica dos meios; e produzir acervo com material para pesquisas empíricas e críticas não só na área da Comunicação, mas também de Educação, Direito, Ciências Políticas, Sociologia, Serviço Social, Psicologia e Saúde.

Bons profissionais estão sempre acompanhando os avanços da área em que trabalham e com o jornalismo não é diferente. É preciso se manter atualizado sobre as tendências da profissão, analisar os concorrentes e o veículo em que trabalha (para ver as diferenças, consertar os erros e melhorar), por isso, sites desse tipo têm fundamental importância para os jornalistas, pois servem como mais um meio de “estudo” para crescer na profissão.

Aline Maria
Elany Marques
Manoela Epitácio
Robson Nielson

A práxi do Jornalismo Cidadão no Brasil

O Jornalismo Cidadão é um segmento no qual o conteúdo noticioso é produzido por cidadãos sem formação jornalística, com a colaboração de jornalistas profissionais. Neste sentido, a imprensa atua como mediadora e interventora na sociedade. A cidadania está pautada na luta contra a exclusão social e a informação é um dos principais fatores que conduzem à cidadania.

Em plena era da globalização econômica, em que as relações entre Estado, Sociedade e Nação estão cada vez mais abaladas, surgem questionamentos importantes que vão refletir diretamente no processo de produção da informação pública. O Estado tem garantido os direitos civis aos cidadãos? Como imprensa pode combater essas desigualdades? Será que temos respaldo necessário para esse fim?

Para praticar Jornalismo Cidadão é necessário antes de tudo conhecer os direitos de quem pretendemos ‘defender’. Jornalismo não é sinônimo de sensacionalismo. É comum em nossos dias a veiculação na TV, principalmente, de programas ditos ‘jornalísticos’ que se preocupam muito mais em manter a audiência do que em informar com responsabilidade e senso crítico. A escolha de fatos é muitas vezes feita visando ao divertimento e não à solução para o problema apresentado.

O Jornalismo Cidadão deve estar voltado para a construção da cidadania, engajado permanentemente com grandes causas sociais. O fato não é apenas noticiado, mas busca-se solução para esses problemas.

Ser cidadão é estar incluído na comunidade e o Jornalismo possui uma participação efetiva nesse sentido. O Jornalismo Cidadão é uma das vias que poderá conduzir o homem comum a conhecer e lutar por seus direitos, conforme acentua a professora Alzira Alves de Abreu, em seu texto “Jornalismo Cidadão”, disponível na Internet. Na luta pela garantia dos direitos básicos da população, a mídia deve assumir uma posição mediadora entre o nosso sistema judiciário (atrasado e deficiente) e o próprio cidadão. A dificuldade no acesso a justiça pelas classes menos favorecidas, a aplicação diferenciada da lei de acordo com o status social de cada indivíduo precisam ser revistos por quem tem poder de denunciar e cobrar diretamente as soluções necessárias.

No Brasil, o Jornalismo Cidadão ainda é trabalhado de forma tímida, estando presente no rodapé de matérias ou em seções de serviços. Referências bibliográficas também são escassas, uma vez que o gênero é pouco conhecido e trabalhado. A rede mundial de computadores dispõe de vários textos, mas os americanos são campeões em produções voltadas para este tipo de jornalismo.

Todavia, podemos destacar como veículos que propagam o Jornalismo Cidadão o
‘Jornal de Debates’ (www.jornaldedebates.com.br), onde o internauta pode publicar artigos, charges, comentários e etc. Também possui fórum de debates. Outro exemplo é o ‘Portal de Jornalismo Participativo’ (www.digga.com.br), um sistema de notícias e artigos colaborativo, onde os conteúdos são enviados pelo próprio usuário. Além destes, existe o ‘Central de Jornalismo Participativo’, do Portal Terra (noticias.terra.com.br/vcreporter), em que fotos, vídeos e notícias podem ser enviados pelo celular.

O Jornalismo voltado para a cidadania não deve ser confundido com trabalho assistencialista, pois é,na verdade,um conteúdo exclusivo para orientação. A sociedade brasileira é mal informada sobre os seus direitos e cabe à imprensa orientá-los a como tomar providências para os seus problemas coletivos, afinal, informar/comunicar é a base da boa Comunicação.

Fernandino Neto

Antonio Marcolino

terça-feira, 1 de setembro de 2009

O estudante e o diploma



O estudante do curso de Jornalismo que está prestes a se formar, - para muitos a libertação, para outros um vácuo - carregando consigo uma série de ensinamentos que moldaram sua criticidade e caráter, anseia por um trabalho gratificante em alguma empresa de comunicação onde ele possa experimentar as teorias do curso de Jornalismo. Mas o mercado não dá espaços para reflexões sobre o que é Jornalismo. O estímulo é voltado apenas para a produtividade, seja no clicar de uma câmera ou no teclar de um computador.

Com a desobrigatoriedade do diploma para exercer a função de jornalista, as empresas de comunicação podem continuar mantendo em seus quadros funcionais pessoas que valorizam o empirismo. De acordo com o Dicionário Aurélio, empirismo significa: “Doutrina ou atitude que admite, quanto à origem do conhecimento, que este provenha unicamente da experiência, seja negando a existência de princípios puramente racionais, seja negando que tais princípios, existentes embora, possam, independentemente da experiência, levar ao conhecimento da verdade”.

As empresas de comunicação que comemoram por não ter a obrigação de contratar jornalistas formados, pensando estritamente na questão financeira. Ao se depararem com a concorrência globalizada e qualificada, recorrem inicialmente, e na maioria das vezes, aos estagiários. Com a desculpa de oferecer oportunidades de aprendizado, àquele que possa ser efetivado depois de formado, exigem do aprendiz responsabilidades que não condizem com as normas da Lei de estágio. Uma frase que muitos já devem ter ouvido, “O mercado é assim mesmo, vá se acostumando. Porque existe um monte de pessoas querendo sua vaga”.

Os estudantes do curso de Jornalismo que se formarão em breve, e que estão desanimados por acreditarem que os anos de investimento financeiro e intelectual foram em vão, não pensaram, ainda, o quanto é enriquecedor o conteúdo de cada disciplina. Redação, Sociologia, Filosofia, Mídia digita, Telejornalismo, Radiojornalismo, Empreendedorismo, Marketing Político e Eleitoral, Assessoria de Imprensa e outras disciplinas não menos importantes, formam mais que Jornalistas para o mercado, mas primordialmente para a sociedade. A não obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão de Jornalismo tenta banalizar a profissão, não levando em consideração a importância desse profissional incumbido de deixar a massa popular esclarecida, capaz de mudar governos e falir jornais, rádios e Tvs comandadas por políticos que defendem apenas interesse próprios.